domingo, novembro 18, 2007

Oportunismo

Alguém aí ouviu falar da história do cara que viu "a garota dos seus sonhos" no metrô de nova iorque e decidiu encontrá-la a qualquer custo? Montou um site: "você viu essa garota?" com uma ilustração dela e dele, bem como dados de quando foi que a viu. Parece coisa de filme americano, mas foi real. E os jornais adoraram a história e acompanharam com afinco. O resultado foi que ele a encontrou por meio de um amigo dela que reconheceu sua descrição. Segundo o autor do site, ao contrário dos filmes, não irá divulgar o fim da história, isso cabe a cada um imaginar. Pediu privacidade, compreensível.

Bom, é uma história bonita, que comove as pessoas. Tão bacana que não me espantei de saber que a revista Blackbook, em que a "garota do metrô" trabalha fez uma campanha de promoção baseada na história. Não iria me espantar se surgisse alguma marca fazendo algo similar também (ex: encontrei o carro dos meus sonhos na concessionária, ou algo do gênero). E é disso que queria falar. A publicidade, na maioria dos casos se apropria de coisas que já existem, moldando-as à sua necessidade. Não inventa a roda, apenas põe um pneu nela e chama de última moda. São muitos os casos. Essa história é um ótimo gancho. As chances de uma marca conseguir um viral com bom sucesso acompanhando esse caso é grande.

Acima de tudo o publicitário faz o que faz para vender o produto do cliente. Para estar à frente da concorrência. E quem trabalha na área tem por obrigação acompanhar casos assim e repensá-los, mesmo que como exercício, para seus clientes. Isso que é se diferenciar, entregar um trabalho criativo e que funciona. No final das contas, tudo já está aí, resta saber usar.

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